segunda-feira, 22 de junho de 2009

Diário Gauche: Uma breve história sobre os fundos de investimento

A fumicultura e a química

Sábado passado encontrei um conhecido executivo do Rio Grande do Sul, que há muito não via. Entre outras coisas ele me relatou um diálogo havido entre o próprio e um diretor norte-americano da transnacional fumageira Universal Leaf Tobaccos, ocorrido há uns dois anos.

O nosso executivo crioulo perguntou ao colega norte-americano, membro do board de diretores da Universal Corporation, que controla a fumageira de Santa Cruz do Sul (RS), qual o motivo de as beneficiadoras de tabaco não investirem forte na produção orgânica de fumo e de não adotarem tecnologias conhecidas que eliminem a pesada química com o qual os cigarros são manufaturados. “Surfar a onda dos selos orgânicos e naturalistas pode ser bom para os negócios, especialmente para o setor fumageiro que carrega tantos estigmas” - completou o curioso executivo.

O manager respondeu de imediato:

“A Universal pertence a um fundo de aplicadores e rentistas que investem também nas indústrias químicas. A sua proposta é tentadora, se se analisar somente a divisão fumageira do investimento, mas isso é impossível no nosso modelo de negócio, com interesses variados e que não podem se inviabilizar mutuamente”.

Com essa, meu amigo derrubou os braços e se deu por vencido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário