sábado, 20 de novembro de 2010

Dilma é Dilma

Os movimentos iniciais da presidente eleita Dilma Rousseff reafirmam a temida visão dos inseguros, homens e mulheres, de que ela é pessoa de personalidade forte. É sim e tem, também, mostrado identidade própria. Por Mauricio Dias. Foto: Roberto Stuckert/ Divulgação


Os movimentos iniciais da presidente eleita Dilma Rousseff reafirmam a temida visão dos inseguros, homens e mulheres, de que ela é pessoa de personalidade forte. É sim e tem, também, mostrado identidade própria.
Dilma não é Lula. A criatura é diferente do criador. Assim, ela sabe que Lula é um político de carisma e popularidade insuperáveis e, por isso, não buscará esse caminho.

Parte da imprensa não percebeu que ela foi ministra de Lula, foi escolhida candidata por Lula, foi eleita pela popularidade do governo e com apoio do presidente Lula, mas, embora mantenha estreita relação política com Lula, é, agora, a futura presidente. Dilma tem quebrado padrões de referência na corte brasiliense. Fez isso ao se transferir, discretamente, para a Granja do Torto. E faz isso, ostensivamente, ao evitar a imprensa que, nesta fase, pratica o jogo natural da especulação em torno da composição do ministério. Um campo propício para as intrigas.

É o início da metamorfose necessária e essencial entre o que ela foi e o que ela será: uma mulher na Presidência.


Mauricio Dias

Maurício Dias é jornalista, editor especial e colunista da edição impressa de CartaCapital. A versão completa de sua coluna é publicada semanalmente na revista. mauriciodias@cartacapital.com.br

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