quinta-feira, 31 de março de 2011

Infeliz Aniversário



Carta Maior: Um padre amigo me citou certa vez um trecho do Evangelho de São João: “queiram a verdade, porque a verdade vos tornará livres”. Ou então o que dizia o notável Gramsci: aos revolucionários só interessa a verdade, nada mais do que a verdade. Simples assim. A verdade sobre o regime militar, mais cedo ou mais tarde, deverá ser exposta porque liberta. Vejo como uma purificação da alma brasileira. Uma catarse necessária, fundamental. Temos de olhar para os monstros que torturaram e mataram sem piedade, reconhecê-los. Ao menos isso. O artigo é de Emiliano José.
O 47º aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964 é uma boa oportunidade para refletirmos sobre uma grande mancha, uma nódoa moral que mancha a alma brasileira. O golpe militar violentou o Estado de direito, derrubou um presidente constitucional, desrespeitou as liberdades individuais e coletivas e, sobretudo, submeteu o país aos interesses do grande capital nacional e internacional, capital que se acumpliciou inteiramente com o golpe. Os responsáveis pelo golpe militar cometeram um crime de lesa-pátria. E com o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, os militares radicalizaram a ditadura, institucionalizando o terror de Estado, acabando com quaisquer vestígios de legalidade, e atentando, a partir daí de modo cotidiano, contra os direitos humanos.
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Charge do Kayser

Um comentário:

  1. Sabe qual o grande problema de "certa esquerda" que a cada dia que passa perde adeptos, crentes e simpatizantes? Eles estão sempre presos ao passado. O golpe de 64 decepou minha geração. Fui às ruas e lutei pelo fim do regime, o que ocorreu somente em 1985, mas, depois, olhei para a frente, porque o que efetivamente importa é construir um Brasil melhor e mais justo para todos: sem ranços, sem ideologias e sem religiões. E por isso admiro a nossa atual presidente que faz um bom governo sem ressentimentos e sem olhar para trás.

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