terça-feira, 1 de maio de 2012

Neoliberalismo Afunda o Mundo no Desemprego





NOVA YORK (Rádio ONU)  - Um relatório da Organização Internacional do Trabalho, OIT, revela que o número de desempregados em todo o mundo continua subindo. Segundo a agência, somente este ano, 6 milhões de pessoas perderão o emprego.
De acordo com a OIT, a situação é "alarmante", e medidas de austeridade fiscal, especialmente nos países europeus, estão agravando a capacidade de criação de postos de trabalho.

Políticas
Já no Brasil, o quadro contraria a tendência global. O país ao lado da Alemanha, do Chile, do Uruguai e outras nações criou empregos.
A especialista da OIT, Anne Posthuma, falou à Rádio ONU, de Brasília, sobre os resultados das políticas brasileiras na criação de empregos.
"Para continuar este sucesso nos próximos anos seria importante que o governo continuasse as políticas adotadas. O foco do governo, corretamente, tem sido estimular a fonte do crescimento na economia doméstica. Principalmente neste momento enquanto o crescimento é muito mais lento em outros países é importante focalizar as fontes de crescimento na economia doméstica".
Segundo Anne Posthuma, os programas de geração de renda e do crescimento real do salário mínimo, além do incentivo ao crédito têm ajudado as pessoas a consumir mais e a criar mais empregos.
A OIT afirma que, em todo o mundo, a tendência de desemprego não deve melhorar antes do fim de 2016, a não ser que haja uma mudança radical nas políticas de trabalho.

Pobreza
Um dos autores do relatório, Raymond Torres, afirmou que os esforços de governos em cortar gastos não têm resultado em mais crescimento do setor privado.
A falta de trabalho também está jogando  mais pessoas na pobreza na Áfica Subsaariana, no Oriente Médio e no norte da África.
Pelo documento da OIT, mais de 40% das pessoas que estão buscando trabalho nas economias avançadas estão desempregadas há mais de um ano.
Indonésia, Polônia, Tailândia e Uruguai foram outros países que conseguiram criar empregos apesar da tendência global de queda na geração de novas vagas no mercado de trabalho.

Um comentário:

  1. Os estados têm sim de cortar gastos e isso não tem nada a ver com neoliberalismo, estado tem de ter responsabilidade fiscal, não pode gastar mais do que arrecada. E mais, a situação do Brasil é completamente diferente dos países europeus e dos EUA, porque nesses países a grande parte da população já está incluída socialmente. No Brasil, com essa vergonhosa distribuição de renda, há muito espaço para realizar a necessária inclusão social, aumentando o consumo da população de baixa renda, para que ela tenha acesso, também ao crédito.
    O Brasil está criando emprego porque tem espaço para isso ao contrário de outros países que já tem uma situação social bem mais favorável e justa. Essa é a diferença. Não se trata de rompimentos com liberalismos ou neoliberalismos, mas de momentos positivos ou negativos da economia, situação esta que o Brasil deve aproveitar e, repito, fazer a necessária inclusão social, aumentando a classe média, o que é bom para todos.

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