NOVA YORK (Rádio ONU) - Um relatório da Organização Internacional do Trabalho,
OIT, revela que o número de desempregados em todo o mundo continua
subindo. Segundo a agência, somente este ano, 6 milhões de pessoas
perderão o emprego.
De acordo com a OIT, a situação é "alarmante", e medidas de
austeridade fiscal, especialmente nos países europeus, estão agravando a
capacidade de criação de postos de trabalho.
Políticas
Já no Brasil, o quadro contraria a tendência global. O país ao lado da Alemanha, do Chile, do Uruguai e outras nações criou empregos.
A especialista da OIT, Anne Posthuma, falou à Rádio ONU, de
Brasília, sobre os resultados das políticas brasileiras na criação de empregos.
"Para continuar este sucesso nos próximos anos seria importante que o
governo continuasse as políticas adotadas. O foco do governo,
corretamente, tem sido estimular a fonte do crescimento na economia
doméstica. Principalmente neste momento enquanto o crescimento é muito
mais lento em outros países é importante focalizar as fontes de
crescimento na economia doméstica".
Segundo Anne Posthuma, os programas de geração de renda e do
crescimento real do salário mínimo, além do incentivo ao crédito têm
ajudado as pessoas a consumir mais e a criar mais empregos.
A OIT afirma que, em todo o mundo, a tendência de desemprego não deve melhorar antes do fim de 2016, a não ser que haja uma mudança radical nas políticas de trabalho.
A OIT afirma que, em todo o mundo, a tendência de desemprego não deve melhorar antes do fim de 2016, a não ser que haja uma mudança radical nas políticas de trabalho.
Pobreza
Um dos autores do relatório, Raymond Torres, afirmou que os esforços
de governos em cortar gastos não têm resultado em mais crescimento do
setor privado.
A falta de trabalho também está jogando mais pessoas na pobreza na Áfica Subsaariana, no Oriente Médio e no norte da África.
Pelo documento da OIT, mais de 40% das pessoas que estão buscando
trabalho nas economias avançadas estão desempregadas há mais de um ano.
Indonésia, Polônia, Tailândia e Uruguai foram outros países que
conseguiram criar empregos apesar da tendência global de queda na
geração de novas vagas no mercado de trabalho.
De O Repórter
Os estados têm sim de cortar gastos e isso não tem nada a ver com neoliberalismo, estado tem de ter responsabilidade fiscal, não pode gastar mais do que arrecada. E mais, a situação do Brasil é completamente diferente dos países europeus e dos EUA, porque nesses países a grande parte da população já está incluída socialmente. No Brasil, com essa vergonhosa distribuição de renda, há muito espaço para realizar a necessária inclusão social, aumentando o consumo da população de baixa renda, para que ela tenha acesso, também ao crédito.
ResponderExcluirO Brasil está criando emprego porque tem espaço para isso ao contrário de outros países que já tem uma situação social bem mais favorável e justa. Essa é a diferença. Não se trata de rompimentos com liberalismos ou neoliberalismos, mas de momentos positivos ou negativos da economia, situação esta que o Brasil deve aproveitar e, repito, fazer a necessária inclusão social, aumentando a classe média, o que é bom para todos.