segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Combate à corrupção vai ser maior em 2010, diz Tarso




Ele reconheceu que cresceu a sensação de aumento da corrupção. Para Tarso, isso ocorre porque combate ao crime organizado tem sido intenso

Agência Estado

Segundo relatos do ministro da Justiça, Tarso Genro, no ano que vem haverá um combate aprofundado contra a corrupção no país, independentemente de ser um ano eleitoral. "Podem estar certos de que, independentemente de 2010 ser um ano eleitoral, esse trabalho vai continuar cada vez mais profundo e cada vez mais responsável", disse nesta segunda-feira (21). Ele explicou que a Polícia Federal (PF) está tecnicamente aparelhada, mais preparada do que antes, e tem o respeito cada vez maior da sociedade para esta tarefa.

A declaração do ministro foi feita após ser apresentado o balanço das atividades da PF em 2009 e ao comentar os mais recentes escândalos de corrupção desmantelados em operações especiais, sobretudo os da Caixa de Pandora, que investiga o suposto caso conhecido como Mensalão do DEM em Brasília.

Tarso Genro reconheceu que tem crescido a sensação de que a corrupção aumentou no país. Mas isso ocorre, segundo ele, porque o combate ao crime organizado e aos crimes de colarinho branco tem sido mais intenso. "Essa sensação ocorre também porque, por muito tempo, a corrupção esteve debaixo do tapete, não aparecia. E, hoje, quanto mais é combatida, mais ela aparece", disse. Segundo o ministro, "isso é bom para o País, para as pessoas honestas, para o Estado e para toda a sociedade".

Ele não quis fazer juízo de valor sobre as últimas descobertas de que parte do dinheiro encontrado em buscas na residência oficial do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), seria dinheiro marcado pela PF para facilitar a identificação. "Não faço juízo de valor sobre a natureza de provas colhidas. O inquérito ainda está em andamento", disse. "O que tem ocorrido, não só nesta como em todas operações de combate à corrupção, é uma qualidade cada vez maior no inquérito e uma definição maior de responsabilidades, o que pode ser medido pela quantidade de prisões preventivas autorizadas pelo Judiciário."

Em 2009, conforme o balanço divulgado pelo ministro, foram realizadas 281 operações especiais no país de combate à corrupção, lavagem de dinheiro, ao narcotráfico, aos crimes ambientais e outros ilícitos.

Pescaco no Língua de Trapo

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