sábado, 6 de março de 2010

Em defesa do Galo Missioneiro.







Beatriz Fagundez, colunista do jornal "O Sul" sai em dfesa de Olívio Dutra, o melhor governador que o RS já teve




Em defesa do Galo Missioneiro.


Olívio não precisa de minha defesa, escrevo por reconhecimento e admiração.




Um colunista do nosso jornal fez uma afirmação falaciosa e injusta em relação ao desempenho do ex-governador Olívio Dutra, atribuindo à ?incompetência? sua saída do Ministério das Cidades, fato ocorrido em julho de 2005. Penso que o colunista permanece mal informado ou apenas destilou veneno e ódio contra um dos maiores líderes políticos do Rio Grande do Sul. Olívio saiu insatisfeito do governo Lula e não disfarçou isso. Ficou claro na ocasião que sua saída foi pela necessidade do presidente em atrair o PP para sua base aliada. A cota do Ministério das Cidades era exclusiva de Lula e nela ele colocou um amigo de longa data que foi moeda de troca em meio a uma nova composição ministerial. Jamais por incompetência. Mudanças em ministérios ou mesmo em secretarias são normais, quando os chefes executivos precisam de apoio de vários partidos, ou será que todos os secretários demitidos pela governadora foram por incompetência? É inaceitável a perseguição sistemática ao governador que salvou o Banrisul (hoje, a menina dos olhos do governo), incensado por todos os jornalistas do Estado como um banco forte e que tem sido o refúgio dos governadores em situações de crise. A história da carochinha sobre a Ford ter sido expulsa do Estado por Olívio Dutra já foi totalmente esclarecida pelo deputado federal ACM Neto. Ele revelou as chantagens do avô, o poderoso senador baiano Antônio Carlos Magalhães, junto ao então presidente FHC, para fazer aprovar Lei no Congresso que garante a Bahia condições de oferecer renúncias fiscais e tributárias maiores para a multinacional que, satisfeita, optou pelo Estado que lhe daria maiores vantagens. A surrada versão de que a Ford foi ?embora? é típica de viúva sem cadáver, do tipo da porcina do impagável Dias Gomes, ?aquela que foi sem nunca ter sido?. A versão correta e indesmentível está no site do partido Democratas. Todos os programas que vêm sendo implementados por Márcio Fortes, indicado pelo partido Progressista, foram projetados no período em que Olívio era ministro. Ele formatou o Ministério das Cidades e saiu depois de uma conversa com o presidente, que precisava oferecer ao PP um ministério. Lula sugeriu primeiro o Ministério da Previdência, o PP não aceitou. Então ele cortou um amigo, que não causou nenhum constrangimento ao presidente, e saiu na paz e na elegância, o que, convenhamos, não é típico entre demitidos que saem ?contando? segredos inconfessáveis. O líder petista, o Galo Missioneiro, merece respeito por sua competência comprovada na trajetória política: líder sindical durante a ditadura militar, fundador do PT no RS, funcionário do Banrisul, deputado federal constituinte, prefeito de Porto Alegre, governador do RS, ministro das Cidades e hoje uma voz potente na defesa dos interesses do Estado. Um homem que lidou com bilhões de reais em orçamentos e, como governador, morou na ala residencial do Palácio Piratini ao lado da esposa Judite, pode ser visto mateando com amigos antes de voltar para seu apartamento pequeno e simples, que conseguiu comprar com seu salário de bancário, situado na avenida Assis Brasil. Um político indiscutivelmente honesto e reconhecidamente competente que vai na contramão de muitos que se locupletam com patrocínios de órgãos públicos. Olívio não precisa de minha defesa, escrevo por reconhecimento e admiração. Olívio Dutra é exemplo vivo de que existem p
olíticos honestos e confiáveis em meio à crise em que mergulhou o Parlamento.

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