O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
Bertolt Brecht
O capitalismo pode ser isso, isso e aquilo, pode ter mil mazelas, mas é o único sistema que permite ao indivíduo ter liberdade de opção econômica e política. E isso não é pouca coisa.
O dado é: não existe cidadão no universo capitalista, mas consumidor que, enquanto no universo da exploração do trabalho, recebe migalhas para reobter uma parcela de bem-estar do sistema que, concentrando capitais e, com isso, poder, não gera democracias de fato, mas regimes autoritários onde escolhemos entre opções pouco distintas do mesmo, não cabendo outra coisa à esquerda possível e à direita de sempre senão a administração das crises do sistema, e nessa vamos destruindo o planeta, dizimando povos, enquanto vemos, aparvalhados, pela televisão e Internet, o Admirável Mundo Novo que não existe.
Sabe, Gelso, a parada é a seguinte, quem pensa como nós é vítima (ou partícipe, ou conivente) de uma ideologia perversa, quem pensa, er, como "o outro", é simplesmente porque “faz uso das faculdades da razão” de forma fria e objetiva; não é bonitinho?
Não estou dizendo que capitalismo é sinônimo de democracia, mas as grandes e melhores democracias são capitalistas. E santa coincidência, Batman, nos regimes denominados socialistas a democracia sempre foi um ideal secundário ou terciário. Por que motivos o povo unido que jamais será vencido derrubou o muro de Berlim? Existe democracia no regime de dinastia de Cuba? Onde? Em que lugar, o socialismo deu certo? O capitalismo não pode ser resumido na linguagem simplista de exploração do trabalho, que também existe. Vivemos numa sociedade difusa, multifacetária, extremamente complexa e que tem (ou deve ter( um interesse comum: acabar com a miséria, fazer a necessária inclusão social. Esse é ou deve ser o objetivo dos governos. E para que isso ocorra é necessário parceria do estado com a iniciativa privada (there is no way out) .O fato é que o socialismo nunca foi além do estatismo, porque esse é o seu limite. Podemos até acreditar nas utopias, assim como alguns acreditam nas religiões, mas isso fica apenas no plano das ideais. Temos é que pensar o real, o crível, o razoável. Por que o PT quando oposição defende uma coisa e quando governo adota o que criticou? Porque existe uma diferença imensa entre as idéias e a realidade. E vamos continuar sim administrando as crises sistêmicas inerentes ao capitalismo (que deve ser sempre regulado e depois me chamam de neoliberal) Esse é o nosso carma.
Marcos, o problema se torna muito grave quando os adeptos da "ideologia perversa" se tornam donos da boa moral, da boa lógica e das boas idéias que dominam o pensamento "politicamente correto". Por isso eu detesto Foucault. Vivemos numa época em que o dualismo ideológico foi para o espaço. E isso é muito bom, porque melhora o nível de discussão e torna menos medíocre nossas vidas.
Maia, só deixo para ti uma frase de Antônio Cândido: “O que se pensa que é a face humana do capitalismo é o que o socialismo arrancou dele”. Só pra ti e farsas como Fukuyama o dualismo ideológico acabou!
O capitalismo pode ser isso, isso e aquilo, pode ter mil mazelas, mas é o único sistema que permite ao indivíduo ter liberdade de opção econômica e política. E isso não é pouca coisa.
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ResponderExcluirMaia, como sempre, misturando "alhos com bugalhos" para tentar confundir. Desde quando capitalismo é sinônimo de democracia?
ResponderExcluirO dado é: não existe cidadão no universo capitalista, mas consumidor que, enquanto no universo da exploração do trabalho, recebe migalhas para reobter uma parcela de bem-estar do sistema que, concentrando capitais e, com isso, poder, não gera democracias de fato, mas regimes autoritários onde escolhemos entre opções pouco distintas do mesmo, não cabendo outra coisa à esquerda possível e à direita de sempre senão a administração das crises do sistema, e nessa vamos destruindo o planeta, dizimando povos, enquanto vemos, aparvalhados, pela televisão e Internet, o Admirável Mundo Novo que não existe.
ResponderExcluirSabe, Gelso, a parada é a seguinte, quem pensa como nós é vítima (ou partícipe, ou conivente) de uma ideologia perversa, quem pensa, er, como "o outro", é simplesmente porque “faz uso das faculdades da razão” de forma fria e objetiva; não é bonitinho?
ResponderExcluirNão estou dizendo que capitalismo é sinônimo de democracia, mas as grandes e melhores democracias são capitalistas. E santa coincidência, Batman, nos regimes denominados socialistas a democracia sempre foi um ideal secundário ou terciário. Por que motivos o povo unido que jamais será vencido derrubou o muro de Berlim? Existe democracia no regime de dinastia de Cuba? Onde? Em que lugar, o socialismo deu certo? O capitalismo não pode ser resumido na linguagem simplista de exploração do trabalho, que também existe. Vivemos numa sociedade difusa, multifacetária, extremamente complexa e que tem (ou deve ter( um interesse comum: acabar com a miséria, fazer a necessária inclusão social. Esse é ou deve ser o objetivo dos governos. E para que isso ocorra é necessário parceria do estado com a iniciativa privada (there is no way out) .O fato é que o socialismo nunca foi além do estatismo, porque esse é o seu limite. Podemos até acreditar nas utopias, assim como alguns acreditam nas religiões, mas isso fica apenas no plano das ideais. Temos é que pensar o real, o crível, o razoável. Por que o PT quando oposição defende uma coisa e quando governo adota o que criticou? Porque existe uma diferença imensa entre as idéias e a realidade. E vamos continuar sim administrando as crises sistêmicas inerentes ao capitalismo (que deve ser sempre regulado e depois me chamam de neoliberal) Esse é o nosso carma.
ResponderExcluirMarcos, o problema se torna muito grave quando os adeptos da "ideologia perversa" se tornam donos da boa moral, da boa lógica e das boas idéias que dominam o pensamento "politicamente correto". Por isso eu detesto Foucault. Vivemos numa época em que o dualismo ideológico foi para o espaço. E isso é muito bom, porque melhora o nível de discussão e torna menos medíocre nossas vidas.
ResponderExcluirMaia, só deixo para ti uma frase de Antônio Cândido: “O que se pensa que é a face humana do capitalismo é o que o socialismo arrancou dele”.
ResponderExcluirSó pra ti e farsas como Fukuyama o dualismo ideológico acabou!
Gelso, venha para o século XXI
ResponderExcluirMaia, eu é que não sou do século XXI e tu é que fica preso aos anos 90 com a teria do "Fim da História" de Fukuyama. Algo que nem ele acredita mais!
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