Em homenagem ao velho e saudoso Tio Briza, que faria aniversário nesta data e que tinha na educação do povo brasileiro um de seus ideais de vida, vamos tentar destrinchar esta questão. Uma de suas tanta expressões que marcaram época e fizeram de sua figura uma marca ímpar, era quando falava dos "INTERÉSSES" que estariam por trás de alguma maracutaia.
Pois bem, temos assistido a um ataque sistemático, infundado e desmedido ao ENEM por parte da grande mídia nos últimos anos. A que se deve tamanho disparate a um sistema que avalia o ensino no país e que inclui milhões de pessoas através do Prouni, Sisu e Fies? Já dei uma pista aqui e outra aqui, mas ultimamente temos visto que existem mais coisas por trás como já bem colocou o Rudá Ricci. Segundo ele, existem duas causas, que seriam a reação da indústria do vestibular e a eleição da capital paulista, que tem Fernando Haddad como candidato. Eu acrescentaria o lobby da elite branca cristã, que não suporta ver políticas afirmativas que questionam seus privilégios de 500 anos.
Enfim, neste dia lembremos de Leonel Brizola e nos inspiremos em sua luta pela inclusão da parcela mais humilde da população no mundo das letras e isto atualmente passa necessariamente pelo ENEM.
Um dos aspectos mais bonitos do Brasil de hoje é ver em bons restaurantes, em boas universidades etc. pessoas que há pouco tempo não tinham condições de frequentar esses locais. Isso se chama inclusão social e é tem de ser muito egoísta e muito imbecil para ser contra essa política que beneficia a todos. Por isso digo e repito, a questão da inclusão social não é ideológica, porque não implica em divergência, mas em convergência. Eu acho o máximo quando o faxineiro do prédio comercial onde trabalho estaciona o seu carro, quase zero km, ao lado do meu. Temos de ir além e superar esses preconceitos imbecis.
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