Há algumas curiosas semelhanças e afinidades recentes entre as trajetórias de Yeda Crusius (PSDB) e José Roberto Arruda (DEM) que são dignas de registro. No dia 13 de maio de 2009, a governadora tucana viajou a Brasília em busca de apoio político para o seu governo atolado em denúncias de corrupção. Naquela ocasião, entre outros encontros, reuniu-se com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) para tratar das investigações sobre a morte do ex-assessor do governo gaúcho, Marcelo Cavalcante. Aliás, quase um ano depois, o inquérito ainda não foi concluído pela Polícia do Distrito Federal. Na época, Yeda estava no olho do furacão. Arruda, como se sabe agora, caminhava para a mesma direção. Em novembro, estoura o escândalo no Distrito Federal e Arruda decide contratar o mesmo advogado de Yeda, José Eduardo Alckmin. Em dezembro, uma pesquisa do Instituto Datafolha coloca Yeda e Arruda como os governadores com a pior avaliação do país. A tucana conseguiu a proeza de ficar em último. Os dois lanternas do ranking de governadores não se encontraram mais e tornaram-se personagens pouco procuradas para compartilhar fotografias e palanques.
Nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva de Arruda pela tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do escândalo que atingiu o governo do Distrito Federal. No mesmo dia, Yeda voltava a dar declarações genéricas contra a corrupção, evitando qualquer menção direta à situação de Arruda. Além do telhado de vidro, o destino do governador do Distrito Federal causa calafrios à titular do Piratini.
Ilustração: Sátiro-Hupper
Do RS Urgente
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