segunda-feira, 17 de maio de 2010

Direita brasileira está à beira de um ataque de nervos



Oposição formal se desmoraliza a cada semana

Depois que um instituto de pesquisas de intenções de voto deu vantagem técnica (pela primeira vez) à candidata lulista, Dilma Rousseff, e que o presidente Lula logra êxito extraordinário no acordo nuclear com o Irã, a direita do Brasil pode se preparar para o pior.

Uma leitura dos jornais de ontem e hoje, já dá para suspeitar do que vem por aí. Choro, ranger de dentes e muita guerra de nervos para desmontar o que parece inevitável: mais uma vitória do lulismo. Melhor dito: mais quatro anos de sereno para a velha direita golpista brasileira.

Lula está conseguindo êxitos sobre êxitos, tanto na política interna, quanto na externa. O acordo de Teerã, costurado ontem, é uma plataforma de lançamento para novas conquistas internacionais para o País, mas especialmente para o ex-metalúrgico, que acaricia o sonho de dirigir a ONU, em 2012.

O presidente Lula obteve um arco de alianças inédito na história brasileira, que vai dos banqueiros, financistas, especuladores, rentistas, passando por parcela do agronegócio de exportação, patronato industrial, classe operária urbana, pequenos agricultores e subproletariado. Fora desse bloco pró-lulismo, heterogêneo e desorganizado, estão os setores de classe média urbana com veleidades estético-culturais formatadas pelas falsas tendências apontadas pela mídia oligárquica - orientada por uma abstrata matriz de mundanidade e consumismo estadunidense.

Sem querer ser economicista, há que se reconhecer o relevante - determinante mesmo - papel da economia no trançado que logra cimentar classes e frações de classes tão desiguais sob a hegemonia política do lulismo tout court (seja lá o que essa novíssima categoria queira significar, tarefa acadêmica para muitas décadas de estudos e investigação científica).

O êxito econômico do País, sob o lulismo, tem garantido a coesão social e a estabilidade administrativa, mesmo que sob intensa luta de classes manifesta no tecido estatal e abafado pelo prestígio do presidente.

A oposição formal está aturdida pelas próprias contradições e rachas na tradicional base de apoio político, ficando o papel de porta-voz político aos meios de comunicação, que fazem o que podem e o que aprenderam desde sempre, quando sentiram-se ameaçados nos seus permanentes privilégios - conspirar contra as instituições e forjar crises falsas para que evoluam para crises reais.

Tarefa inglória e fracassada, até o momento.

Ao PIG, só resta a crise de nervos mesmo.


Do Diário Gauche

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