sábado, 11 de setembro de 2010

Diário Gauche: 11 de setembro de 1973, Santiago do Chile



A estratégia do golpe e o advento do neoliberalismo




Neste documentário, chamado A Batalha do Chile, o diretor Patricio Guzmán conta com grande realidade e crueza o golpe civil-militar de 11 de setembro de 1973 que derrubou o governo constitucional de Salvador Allende, no Chile. Sempre, claro, com a inestimável ajuda dos Estados Unidos.

O Chile acabou servindo de laboratório do neoliberalismo para as suas políticas de submissão às economias centrais e ao sistema financeiro mundial.

Quando Pinochet dá o golpe em 11 de setembro, já o faz em nome de um plano econômico chamado El ladrillo, formulado por economistas chilenos e estadunidenses egressos da Universidade de Chicago, os chamados Chicago-boys, devotos da conhecida escola econômica austríaca, que visa glorificar a moeda e promover a hegemonia completa do capital financeiro, em detrimento da produção, do trabalho e da promoção de políticas sociais que diminuam a desigualdade.

Assim, o ciclo ultraliberal, a hegemonia avassaladora do capital financeiro e a ideologia do pensamento único, iniciado em 11 de setembro de 1973, no Chile, contamina o mundo inteiro através do fenômeno da globalização (aliado à aplicação intensiva das novíssimas tecnologias da informação) e se fecha simbolicamente em 15 de setembro de 2008 com a liquidação do banco Lehman Brothers e o abalo estrutural do sistema capitalista que se estende até os nossos dias, num arco temporal de quase quatro décadas.

O vídeo tem 1h25min. A rigor, esta é a segunda parte de um documentário de mais de quatro horas. A primeira parte deste filme (Insurreição da burguesia) pode ser visto aqui. Vale a pena. Ainda tem uma terceira parte denominada El poder popular. Você pode baixar todos os três vídeos aqui.


Do Diário Gauche

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