terça-feira, 3 de maio de 2011

Jornalismo B: A possível morte de Osama Bin Laden na mídia brasileira

 Reproduso o post do Jornalismo B a respeito da famigerada morte de Osama Bin Laden, donde se conclui que nada é o que parece ser, ou melhor, nada é aquilo que a grande mídia quer que seja:



O anúncio da morte de Osama Bin Laden, líder da organização Al Qaeda, pode ter sido a notícia de 2011 com maior repercussão mundial – talvez maior até do que o terremoto seguido de tsunami no Japão. A segunda-feira 2 de maio foi de notícias (algumas barrigadas), reportagens e entrevistas infindáveis sobre a trajetória de Bin Laden, as circunstâncias que cercaram o anúncio de sua morte e os desdobramentos que essa situação pode trazer.
Em meio à enxurrada de conteúdo, optei por inverter a lógica tradicional, e usar as velhas mídias apenas como complemento às informações e análises partidas dos blogs e das redes sociais. Foi uma boa escolha. Empapuçados pela “vitória norte-americana”, pela “vitória da democracia”, os principais veículos da velha mídia focaram suas coberturas na boa e velha espetacularização sem questionamento.
Pouco se falou sobre as íntimas ligações de Bin Laden com importantes políticos norte-americanos, sobre seu surgimento como figura internacional a partir do apoio financeiro-militar dos EUA. Quase nada se questionou a noção de justiça defendida por Barack Obama, a execução de Bin Laden, o argumento de “respeito ao islã” para jogar seu corpo ao mar, os fortes interesses implicados em anunciar nesse momento a morte de Osama, a barbárie expressada na comemoração caseira – em frente a Casa Branca – e mundial – através dos líderes nacionais – de um assassinato político.
Todos esses e muitos outros questionamentos foram feitos e aprofundados em diversos blogs. A melhor cobertura que encontrei entre todos os veículos brasileiros foi do Blog do Miro. Em um caso típico no qual a mídia dominante evita discutir os fundamentos da “verdade” divulgada oficialmente, os comunicadores das novas mídias extrapolaram seu já comum papel opinativo e partiram também para a divulgação intensa de informações que não apareceram nos veículos tradicionais. A parte opinativa, independente, desvinculada dos interesses que prendem os rabos da grande mídia, permitiu opiniões mais contundentes e plurais.
Algumas sugestões de bons conteúdos publicados na mídia alternativa na segunda-feira:
Rodrigo Vianna (Escrivinhador): Bin Laden já estava morto há dez anos?
Antonio Luiz M. C. Costa (colunista da Carta Capital): Bin Laden está morto. Missão cumprida?
Carlos Latuff (via Twitter): AQUI
Cantando no Toró: Licença para matar
Celso Lungaretti (Náufrago da Utopia): Bin Laden: o fim de um mito oco
Postado por Alexandre Haubrich
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