Tem sido difícil a vida dos neoliberais por este tempos na América Latina. A derrota agora deu-se no Peru, em que Keiko Fujimori, filha do corrupto e autoritário ex-presidente Alberto Fujuimori, queria seguir os passos do pai, mas foi impedida por Ollanta Humalla na eleição de hoje. A reportagem é da BBC Brasil:
Ollanta Humala é o novo presidente do Peru, segundo apuração parcial
O nacionalista Ollanta Humala foi eleito neste domingo o novo presidente do Peru, segundo a apuração feita por institutos de pesquisas. O candidato de centro-esquerda teria vencido sua rival, a conservadora Keiko Fujimori, por uma pequena vantagem.
De acordo com o instituto Ipsos Apoyo, Humalla teve 51,4% dos votos, enquanto Keiko ficou com 48,6%. Os números apurados pela organização Transparência são praticamente os mesmos: 51,3% a 48,7%, respectivamente.
Os dados são baseados em uma contagem rápida dos votos, feita por amostragem logo no início da apuração e, segundo analistas, costumam ser mais fiéis que a pesquisa de boca de urna.
Logo após a divulgação dos primeiros resultados, partidários de Humala começaram a tomar a Praça 2 de Mayo, no centro de Lima. No início da noite, o local estava totalmente lotado de “humalistas”, que agitavam bandeiras peruanas e outras estampadas com a letra “O”, símbolo da campanha de Ollanta Humala.
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Uma das viagens mais surpreendentes que fiz foi ao Peru. Um país belíssimo com povo extraordinário. Não sei se a vitória de Humala é uma derrota do neoliberalismo (afinal o que é neoliberalismo???), tendo em vista que Vargas Llosa, que é liberal, apoiou Humala. E Humala, em seu primeiro discurso, disse o que tinha de dizer: vamos fazer uma concertação. É isso o que um governante tem de fazer políticas que beneficiam todos: a inclusão social dos excluídos. Alguém é contra isso?
ResponderExcluirPergunta interessante do Carlos Maia: "A inclusão social dos excluídos. Alguém é contra isso?". Sim, os neoliberais, por exemplo. E o que é um neoliberal? É aquele que reverbera o antigo liberal, crente de que as forças do mercado possuem uma mão invisível, que a todos consegue prover, e que os Estados deveriam ser mínimos, meros adendos das forças econômicas para prover serviços básicos como polícias e exércitos para um melhor "controle social", e outras mazelas mais.
ResponderExcluirBelo blog, colega. Vim através doutro blog, da minha esposa, que me chamou atenção para o seu. Estamos juntos, como se diz e é título de filme em cartaz.
Valeu marcos. É exatamente isso. O que o Maia e os outros liberais não entendem ou fazem de conta que que não entendem, é que sem o Estado para mediar este "cada um por si e Deus contra todos" de que falava a música dos Titãs, o capitalismo selvagem acabará por extinguir a todos, inclusive a eles.
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