quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Protógenes diz ter conseguido assinaturas para instalação de CPI da Privataria


O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) afirma que já coletou 173 assinaturas e ultrapassou o número regimental (171) para instalar, na Câmara, a "CPI da Privataria", que pretende se fundamentar nas denúncias feitas pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. no livro "A privataria tucana" (Geração Editorial).
- O foco será as privatizações na década de 90, baseado no livro de Amaury, que é um documento, não é uma história romanceada. É uma obra muito importante, que faz acusações graves, com fatos e documentos. Não é um foco de revisão daquele momento político em que foram vendidas as nossas riquezas, sem se saber o destino de todo o dinheiro, que está sob suspeita de ter ido para paraísos fiscais.
Protógenes informou que, em conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), na terça-feira (13), obteve a garantia de que a "CPI da Privataria" seria instalada, caso conseguisse o quórum de 171 assinaturas.
Em "A privataria tucana", Amaury Ribeiro Jr. relata casos de desvios de recursos e pagamentos de propinas durante o processo de privatizações no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo o autor, houve um esquema de lavagem de dinheiro com conexões em paraísos fiscais, unindo membros do PSDB, como o ex-ministro da Saúde e ex-governador paulista José Serra, ao banqueiro Daniel Dantas. 

4 comentários:

  1. Deu no programa do mais parcial jornalista do Brasil, Paulo Henrique Amorim: Amaury Ribeiro Jr. trabalha na Record do Bispo Macedo. O que se comenta é o seguinte: não existe vínculo algum entre as transações referidas no livro e o necessário processo de privatização que o Brasil passou na segunda metade da década de 90. Fazer uma CPI para se investigar o que aconteceu no século passado é algo meio que fora de propósito. E mais, fazer uma CPI para se investigar um processo que deu certo, que alavancou o Brasil, que fez o país progredir, como foi a privatização é algo meio fora da casinha. Mas se fizerem jogo duas caixas de malbec: vai acabar em pizza.

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  2. "O que se comenta..." Quem comenta,maia? Só os favoráveis à privatizaçao!
    Além do mais, veja esta pesquisa:
    Entre os dias 24 e 31 de outubro de 2007, o instituto Ipsos, sob encomenda do jornal O Estado de S. Paulo, realizou uma pesquisa sobre privatização com mil eleitores brasileiros em setenta cidades e nove regiões metropolitanas. Essa pesquisa, cuja margem de erro é de 3 pontos porcentuais, apontou que 62% dos entrevistados é contra a privatização de serviços públicos, feita por quaisquer governos. Apenas 25% dos eleitores brasileiros aprovam o método.

    De acordo com o jornal, "a percepção dos brasileiros é que as privatizações pioraram os serviços prestados à população nos setores de telefonia, estradas, energia elétrica e água e esgoto. As mais altas taxas de rejeição (73%) estão no segmento de nível superior e nas classes A e B".

    Segundo a pesquisa a rejeição à privatização não tem razão partidária ou ideológica: ela atinge por igual as privatizações feitas no governo FHC, no governo Lula ou em diversos governos estaduais e municipais. Enquanto 55% acharam que o governo FHC fez mal em privatizar a telefonia, apenas 33% disseram que fez bem. Em nenhuma região a maioria da população aprova a privatização. O Nordeste registra a maior taxa de rejeição (73%), enquanto o Norte e o Centro-Oeste registram a menor (51%).

    A maioria absoluta da população condena uma hipotética privatização do Banco do Brasil (77%), da Caixa Econômica Federal (78%) ou da Petrobrás (78%). Em contraste, uma pesquisa realizada pelo instituto IBOPE em dezembro de 1994, evidenciava que 57% dos entrevistados eram a favor da privatização total ou parcial dos bancos públicos naquela época.

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  3. A "necessidade" de privatizações foi voluntariamente produzida pela ineficiência governamental. Companhias telefônicas estatais existem em grande número em países europeus, bem como bancos e petrolíferas. Mas os donos do poder no Brasil julgaram que as privatizações eram necessárias para produzir efeitos mais imediatos, e conseguiram: encheram os bolsos muito mais rapidamente.

    O conflito entre o público e o privado, ademais, é invenção das corporações. Na verdade, tudo é público. O que é privado é tudo aquilo que é roubado do público. O mundo é público. O mar é público. Rios e terras são públicos. Cidades são públicas. Quando o espaço deixa de ser público, é porque há roubo.

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  4. Negativo, não existem mais telefônicas estatais na Europa. Foram todas desestatizadas, seguindo determinação, inclusive, da Comunidade Européia.


    Não se trata de privatização, mas desestatização, porque é serviço concedido pelo estado à iniciativa privada e que pode ser retomado.

    A exceção é o serviço de telefonia celular que não é classificado como serviço público, mas como atividade econômica e, portanto, esse sim deve ser prestado pela iniciativa privada.

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