Depois de ter defendido o ensino público em contêineres, a secretária de Educação do novo jeito de ensinar, Mariza Abreu, pediu uma "mudança de hábitos" nas escolas gaúchas.
"Em outros países, os alunos ajudam a limpeza das salas de aula (...)", argumentou a secretária.
La Vieja ainda não conseguiu entender, depois de trinta e poucas primaveras, por que determinada parcela da população brasileira acredita que, do fato de algo ser feito em outros países, necessariamente se segue que seja o melhor a ser feito aqui.
A declaração da secretária se trata de uma espécie de argumento de autoridade. Pelo fato de algo ser feito no exterior, segue-se que deve para cá ser transportado. Assim mesmo, sem discussão alguma e por sua determinação. Mas, e daí que se faz isso em outros países? Há algo que prove que isso é positivo, ou relevante para o processo educacional?
Uma falácia, portanto.
Nada impede que, pelo raciocínio da secretária, tanto o secretário da Saúde gaúcho quanto o Ministro da área comecem a pedir aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que ajudem na limpeza dos hospitais.
Como um governo com complexo de vira-lata e com uma secretária da Educação que não sabe distinguir um bom argumento de uma falácia pode dar certo?
La vieja bruja
("A Soberba - RS" é de Hupper, o sátiro dos pampas)
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