sábado, 7 de novembro de 2009

Síndromes e papéis

Por Adão Paiani

Importante liderança empresarial gaúcha justifica, por artigo publicado em 1° de novembro, a queda ladeira abaixo do Rio Grande como resultado de uma sindrômica postura fratricida, apego ao passado e mania de ser do contra. Ou tudo isso junto. Necessário, com todo o respeito, o contraponto. Como o jornal que publicou o texto vive a hora do zero contraditório; optamos por fazê-lo através de um canal mais democrático.

Ao contrário do que defende o referido artigo, no processo eleitoral, não há vencedores ou derrotados; tem-se é distribuição de papéis e competências. Pelo voto, a uns cabe a gestão, a outros o controle. Não se admite oposição destrutiva. Ou situação sem prestar contas. Governar sem oposição é sonho de quem não quer administrar com transparência; e pesadelo da democracia. Governo que não teme, contrapõe a oposição com resultados; sem subterfúgios ou tropas de choque.

Creditar o baixo crescimento da economia gaúcha, e a diáspora rio-grandense, ao permanente confronto situação-oposição é dizer que prosperidade não combina com democracia. Tem gente na América Latina que acha o mesmo. Péssimos exemplos.

Desempenho medíocre e evasão resultam de escolhas erradas que fizemos; década após década, eleição após eleição. Não oferecendo oportunidade a quem trabalha e produz, dá-se o recado que o Rio Grande é pequeno para seus filhos. E aí eles vão construir riqueza onde sejam aceitos.

Surpreende também a condescendência do empresário articulista com uma gestão que fracassou pela incapacidade de viabilizar projetos. Admite e justifica na administração pública o que não permitiria numa empresa. Na iniciativa privada, quem cria conflitos, descumpre promessas, maquia resultados e desrespeita investidores, é defenestrado, em respeito aos acionistas e à empresa.

Sem reclamar da concorrência.


Via RS Urgente

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