quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Novo secretário de Educação representa esperança de diálogo com Cpers

O governo Tarso definiu, na tarde desta quarta-feira (24), o ocupante de uma das secretarias mais problemáticas do governo gaúcho. José Clóvis de Azevedo, ex-integrante da direção do Cpers e primeiro reitor da Uergs, foi confirmado para a secretaria de Educação, uma pasta que tem trazido problemas para os últimos governos estaduais. Tão complicada é a situação da educação no estado que o PDT, partido que tem o ensino como uma de suas principais bandeiras, declinou de indicar nomes para a pasta.

Além das dificuldades de gestão, causadas pela falta de recursos e pela grande necessidade de investimentos, há a urgência em retomar o diálogo com o Cpers, sindicato que protagonizou alguns dos mais duros confrontos com a administração de Yeda Crusius (PSDB). José Clóvis pode ser o nome ideal para recuperar o diálogo com os professores. Filiado ao sindicato, o novo secretário transita bem entre os dirigentes e é visto na entidade como uma pessoa aberta ao debate. É considerado também um dos maiores especialistas gaúchos na problemática do ensino fundamental.

“Quem recomendava que não fosse o José Clóvis não deve ter lido todos os livros dele que eu li. O secretário reúne características de qualidade política e conhecimento intelectual”, disse o governador eleito, ao explicar a escolha do novo secretário. A demora no anúncio ocorreu, segundo Tarso, para que ele e José Clóvis tivessem “uma conversa de profundidade” sobre as questões educacionais do estado. “Feita esta conversa, se estabeleceu uma identidade entre o que nós queremos fazer e com o que ele pode contribuir. O diálogo com o magistério, que hoje está interrompido, é uma destas coisas.”

A presidente do Cpers, Rejane Oliveira, acredita que o novo secretário tem um “grande currículo”, e pode simbolizar uma mudança no rumo das negociações com o governo estadual, depois da “experiência péssima” com a atual governadora Yeda Crusius (PSDB). “Vamos solicitar uma audiência, logo nos primeiros dias de governo, na qual vamos expor a plataforma discutida dentro do Cpers. Queremos estabelecer uma política de negociação e de diálogo com o governo”, afirma.

Continue lendo a matéria do Sul 21.

Um comentário:

  1. A direção do CPERS, comandada por uma tal de Rejane, não está minimamente interessada na melhoria do essencial serviço público da educação. Está interessada nos interesses privados e corporativos de uma certa elite de professores. Uma pena que o futuro secretário de educação seja contra a meritocracia, contrariando inclusive promessa de campanha de Tarso Genro e também de Dilma Rousseff. É fundamental para melhorar a educação no Brasil duas coisas: os professores devem ganhar bem e o estado deve ter o controle total da educação, dando benefícios monetários aos bons educadores, como geralmente ocorre na iniciativa privada.

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