Em
documento encaminhado nesta segunda-feira ao Ministério Público Federal,
o juiz federal Alderico Rocha Santos, que conduz o caso Carlinhos
Cachoeira, acusa a esposa do bicheiro, Andressa Mendonça, de usar um
dossiê produzido por um repórter da revista Veja para ameaçá-lo. O
repórter em questão é Policarpo Júnior, citado em diversas conversas
telefônicas de Cachoeira, em uma ligação que já analisamos em outra postagem, e que a revista insiste em negar e os outros veículos da mídia oligárquica insistem em esconder.
Verdadeira
ou não – e, dado os envolvidos, não parece mentira – a acusação completa
é essa, como explicou o juiz em declaração ao portal R7: “Ela me
perguntou se eu já tinha ouvido falar do Policarpo [Júnior]. Disse que
ele tinha um dossiê contra mim, mas que tinha ligado pra ele, pedindo
pra não divulgar enquanto ela não falasse comigo. (…) Ela pediu várias
vezes para eu soltar o Cachoeira, disse que a prisão era injusta e que,
se eu o liberasse, o dossiê não seria divulgado”. Mas não foi assim que o
Jornal Nacional divulgou a informação.
Em matéria
de dois minutos veiculada na edição de hoje do JN, o nome de Policarpo
Júnior não é citado em nenhum momento, assim como não é citada a revista
Veja. Até mesmo o G1 citou a referência a Policarpo e à Veja, mas o
Jornal Nacional preferiu omiti-la, e o fez sem qualquer explicação
plausível que não seja o silêncio deliberado, a manipulação proposital e
a cumplicidade calculada com a prática de colaboração da Veja com o
bicheiro.
O principal
telejornal da Rede Globo, ao esconder uma parte fundamental do fato que
noticia, presta um serviço à desinformação, e atua no sentido de manter a
população apartada da realidade da mídia que a cerca. E não faz isso
por acaso, é claro. A velha mídia reproduz o mesmo discurso e atua com
as mesmas práticas. É, no fundo, uma só, ainda que esteja distribuída
entre meia dúzia de conglomerados que simulam alguma concorrência. Na
verdade, não há concorrência, mas trabalho conjunto pela alienação e
pela manutenção de seu poder, construído através de parcerias com a
Ditadura Militar, durante mais de 20 anos, e com as forças mais obscuras
da elite brasileira, até hoje.
Assumir a
parceria entre Cachoeira e a Veja seria admitir a podridão que cobre
todo esse setor da mídia, o que significa também abrir a todos os ventos
o debate sobre a mídia que temos, e, consequentemente, assumir a
necessidade de mudança do modelo que a sustenta.
Do Jornalismo B
Não existe nenhuma prova de que tenha havido parceria entre Cachoeira e Policarpo.
ResponderExcluirOs próprios delegados da PF ouvidos pela CPI falaram que o que se ouviu nas conversas gravadas é tão somente a relação de jornalista em busca da fonte.
Não há prova, não há indícios, apenas e tão somente ilação. Agora inventaram essa, a mulher do Cachoeira disse ao Juiz que a Veja pretende divulgar um dossiê contra ele.
Vocês acham que a Veja vai fazer um dossiê contra o Juiz do caso Cachoeira:???
A tese é absurda. Completamente absurda.
Ninguém inventou isso. Foi o próprio Juiz que falou que a mulher de cachoeira o teria chantageado com a ameaça de Policarpo e da veja.
ResponderExcluirConvocação de Policarpo à CPI já!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSim, sim, a bela mulher de Cachoeira ameaçou o Juiz com um dossiê da VEja contra ele. A questão é saber se a versão da mulher de Cachoeira pode ser levada à sério. Qualquer pessoa que tenha uma pequena noção de direito vai achar a tese completamente absurda, por que motivos Veja faria um dossiê contra o Juiz do caso Cachoeira -- que não inseriu nem a Veja e nem Policarpo como réu do processo ?
ResponderExcluirMas no Brasil onde um ministro do STF, companheiro de uma advogada dos réus o mensalão, se acha isento para jogar um processo, tudo pode acontecer, né mesmo?