sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Casa de Ferreiro

 Leandro Fortes*


A minha pergunta é a seguinte: Lucas Mendes escreveria isso sobre eleições no Brasil? Diria, por exemplo: “O jornal de maior circulação do país é a conservadoraFolha de S.Paulo, pró Serra”? Diria o mesmo sobre O Globo, Estadão e Veja? Ou mesmo sobre a TV Globo?

Respondo: nunca.

A honestidade intelectual utilizada por Lucas Mendes ao falar da imprensa americana e suas relações com os republicanos nos Estados Unidos não se aplica em textos, cá e lá, sobre a política brasileira. Não trata sequer de espectros ideológicos: na imprensa brasileira existem partidos de esquerda, mas nunca de direita.
E isso é um elemento claríssimo de perpetuação da indigência jornalística nacional que se protege dessa crítica, aos berros, sob a falácia permanente da defesa da liberdade de imprensa.

Leandro Fortes. Jornalista, professor e escritor, autor dos livros 'Jornalismo Investigativo', 'Cayman: o dossiê do medo' e 'Fragmentos da Grande Guerra', entre outros. Sua mais recente obra é 'Os segredos das redações'. É criador do curso de jornalismo on line do Senac-DF e professor da Escola Livre de Jornalismo. 

3 comentários:

  1. Leandro Fortes está completamente mal informado sobre a política americana. Conservador para os americanos diz respeito aqueles que apoiam e se identificam com os ideais do Partido Republicano. Liberal, por outro lado, são os que não são conservadores e que geralmente votam no Partido Democrata.

    Nossa esquerda se acha culta e inteligente, mas não lê, não se informa, não se atualiza e não tem a mínima noção do que acontece nos outros países, sobretudo aqueles que são socialmente mais desenvolvidos do que o nosso provinciano Brasil.

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  2. Maia, de tanto postares papagaiadas, tu acabas se enrolando.
    Me diga onde no texto do Leandro Fortes ele fala que os republicanos não são conservadores ou que os democratas blá, blá, blá...?

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  3. A Folha de S. Paulo não é um jornal conservador para os padrões americanos. Leandro Fortes não entende bulhufas de padrões americanos. Claro faz parte de uma certa esquerda que se acha, mas não é.

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